quarta-feira, 13 de julho de 2011

A BANDEIRA E O BRAZÃO
Muitas são as dúvidas quanto a verdadeira história sobre a Bandeira do Brasil. Mas uma coisa é certa: me ensinaram errado.
Não queria acreditar quando soube que o verde NÃO representava as matas virgens nem o amarelo o ouro do Brasil. Ensinaram-me como se já estivessem prevendo o futuro: “vamos desmatar tudo e fazer um estacionamento prá Copa...”. “cadê o ouro? O gato comeu?”. Como é que pode ser o verde representar Portugal (Casa de Bragança – dinastia D. Pedro I) e o amarelo representar a Áustria (Casa de Habsburgo – dinastia de D. Leopoldina).  Talvez se tivessem me explicado, lá no passado, quando eu ainda era criança, que a atual bandeira brasileira é uma simples modificação do Raimundo (*1) em cima da anterior quando ainda era império, e criada pelo francês Debret (*2), eu não ficaria tão surpreso. Como não existe nenhum documento alterando a representatividade do verde e amarelo, permanece a existente.
                                

Mas a surpresa maior foi constatar que o azul não representava o céu deste Brasil varonil e sim o céu da cidade do Rio de Janeiro. E o mais interessante: com dia e hora marcada (08h30min do dia 19 de novembro de 1889). E por favor, não me venham com reclamações, porque este está escrito lá no Decreto nº 004 de 19/11/1889. E também não venham me dizer que isso é muito antigo, porque a alteração mais recente foi a Lei 8421 de 1992, onde esta alteração só especifica a inclusão de mais estrelas, o resto permanece!!!

E por falar em estrelas... Aquela professora que me ensinou que a estrelinha solitária, acima da faixa branca, representava a capital brasileira deveria ela voltar para a escola e aprender que o Estado do Pará não é a capital do Brasil. Agora venhamos e convenhamos: é uma sacanagem com o Estado do Espírito Santo ser representado pela estrela com o nome de “Intrusa”. Eu até entendi a piada, mas é uma brincadeira de mau gosto, isso é.


E já que este assunto está em pauta, não poderia deixar de citar o Brasão de Armas do Brasil, que, aliás, eu acho muito bonito. Este Brasão vem sempre estampado em documentos oficiais e de fé pública. Ao centro aparecem as cinco estrelas do Cruzeiro do Sul (*3) representando os cinco principais Estados: acima de todos a BA por onde tudo começou, a esquerda MG trazendo as riquezas minerais, a direita como braço forte o RJ, em baixo vem SP sustentando o progresso... e lá no meio, a menor delas o ES com a Intrusa (continuo achando de mau gosto a piada). Sem desmerecer a importância, em volta, com as estrelinhas bem discretas e quase imperceptíveis, vem o resto do país.
Na minha opinião este brasão merece uma atenção política. Já que os políticos estão muito preocupados em criar leis que proíbem fumar até na varanda da sua residência e, por incrível que pareça nos pátios das rodoviárias, para evitar a poluição, enquanto que outros querem a liberação da maconha. Deveriam então retirar o ramo de tabaco (*4) que está do lado direito do brasão. É isso mesmo, os políticos deveriam substituir, não por um ramo de maconha (*5), mas por ramo de soja representando o alimento, cana de açúcar o combustível ecológico ou talvez por um ramo de capim. Tenho certeza de que o povo irá interpretar o ramo de capim como o avanço da pecuária brasileira e não como autopromoção de alguns políticos.

Abraço a todos

*1 – Raimundo Teixeira Mendes - criador da atual Bandeira do Brasil
*2 – Jean-Baptiste Debret – criador da Bandeira do Brasil império
*3 – Cruzeiro do Sul – formado pelas estrelas Gacrux, Pálida, Mimosa, Acrux e Intrometida
*4 – N.Tabacum – originária da América do Sul e matéria-prima do cigarro.
*5 – Maconha – planta cannabis, proibida por ser droga psicoativa, alucinógena e 70% mais hidrocarbonos cancerígenos que o tabaco.

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