domingo, 25 de setembro de 2011

MACAU – Um aprendizado para o Rei de Espanha

Como continuação sobre o a “Questão Olivença”(quem ainda não leu sugiro dar uma olhadinha antes), está sendo postado aqui um breve resumo sobre Macau (China), que é um ponto de orgulho do povo português quanto a sua integridade nos compromissos que assume. Para o mundo é um “Patrimônio Mundial da Humanidade” e para os brasileiros em especial o orgulho de ter a cidade de São Paulo como a cidade irmã de Macau, onde somente nove cidades no mundo têm essa honra (sendo cinco de língua portuguesa), que estabelece laços culturais, econômicos e políticos.
O Rei da Espanha, que por acaso nasceu na Itália, deveria usar a história de Macau como um aprendizado, bater com força na mesa e gritar bem alto: “Que se faça cumprir o que é justo a Olivença!”. Afinal, Juan Carlos I é um rei ou um rato?


(Macau)

Macau fica a 60 km de Hong Kong, tem uma população de 540 mil habitantes e passou a ser da China na virada de 1999 para 2000. Foi colonizada e administrada durante 400 anos por Portugal sendo a última colônia européia na China.

No século XVI Portugal ocupou esta ilha e rapidamente prosperou sendo o entreposto entre a Europa, China e Japão.  Esta região era reconhecida pela China como “Território Perpétuo Português”, ou seja: Macau era Portugal e a China o respeitava como tal.


MACAU - CHINA

Sem interferência chinesa, em 1966 no auge da guerra fria entre o capitalismo e o comunismo, houve algumas atividades pró-comunistas em Macau. Portugal, antes mesmo que surgissem problemas maiores achou por bem não considerar mais como território perpétuo com pretensões de cedê-lo a China no final de 1999. Para a China não era nenhum problema ter Portugal como fronteira, mas um presente como este jamais poderia ser negado. E Portugal assim o fez cumprindo como prometido, entregando Macau sem problemas econômicos, políticos ou diplomáticos. A cidade estava limpa e urbanizada nos mínimos detalhes. A população, com sete religiões coexistentes harmoniosamente, viram a transição como uma festa.


MACAU - CHINA

Hoje a China experimenta, em Macau, um grande e acelerado crescimento econômico através de turismo e cassinos, vitais desta região. Totalmente diferente do resto da China, é como se fosse um país com dois sistemas e completamente autônoma, limitada apenas pelas relações exteriores e defesa.



Os chineses mantém a história do colonizador português

Nestes últimos 11 anos a cultura chinesa e portuguesa se mesclou criando uma cultura própria, o que é muito respeitada pelos governantes da China e também preservam o patrimônio histórico deixado pelo português.


MACAU – Um aprendizado para o Rei de Espanha

Não houve problemas de transição em Macau, muito menos problemas políticos ou diplomáticos nem a necessidade de interferências externas. Tudo aconteceu como prometido, de forma festiva, e serve como exemplo para os governantes e políticos que ainda trazem nos seus genes o poder através de sangue, opressão e estratégias de aculturação, como foi feito aos portugueses de Olivença. 


OLIVENÇA

Faz pouco tempo que o presidente português concedeu a Sua Majestade o “GRANDE COLAR DA ORDEM MILITAR DA TORRE E ESPADA, DO VALOR, LEALDADE E MÉRITO”, “porque o seu merecimento e a sua lealdade para com Portugal são inexcedíveis”. Não se sabe bem onde estava a cabeça do presidente ao conceder a honraria, mas é nítido que a sua mão direita estava puxando o saco da Sua Majestade. Era uma mão no saco e um pé apontado para a bunda do povo português. As emissoras de TV portuguesas, bem como os jornais impressos, colaboram com estas encenações de picadeiro e chegam a babar com fartos elogios ao Rei.   
                                                                
É óbvio que o povo português entenderia esta tão nobre homenagem, a mais importante Ordem Honorífica portuguesa, se ocorresse em ocasião da devolução de Olivença a Portugal. Afinal, Juan Carlos I, mesmo tendo nascido na Itália é o Rei da Espanha, e é ele quem tem o poder para fazer isto. Não é Juan Carlos o sacrossanto monarca que quando o Governo espanhol desrespeita os convenios sobre os rios convoca imediatamente o seu Primeiro-Ministro em defesa de Portugal? Não é Juan Carlos o rei brioso que quando os aviões espanhóis violam o espaço aéreo das Selvagens (ilhas de Portugal) demite automaticamente as chefias militares? Não é Juan Carlos o Chefe-de-Estado que está sempre disponível para reconfortar os pescadores e agricultores portugueses quando a concorrência desleal que vem de Espanha lhes tira o pão da boca? Não é Juan Carlos o sábio soberano que sempre que a Espanha reivindica ao Reino Unido a devolução de Gibraltar lembra igualmente, com amargura, as dor que sentem muitos portugueses por verem cativa Olivença nas garras de Castela? Pois é, ele lembra as dores dos portugueses, mas não as sente.

Juan Carlos I - Rei de Espanha
Está mais do que na hora deste mesmo rei magnânimo, antes de vestir o pijama eterno de madeira, entrar para a história mundial como o rei que peita os seus políticos de teorias idiotas, que ignora a opinião da CIA (a “inteligência” norte-americana declara que a “Questão Olivença” é a faixa de Gaza entre Espanha e Portugal), ganhar o respeito internacional pelo cumprimento dos acordos feitos e fazer a justiça acontecer com um simples ato:

“devolver Olivença imediatamente”

Para alguns políticos portugueses essa sopa iria acabar. São pau-mandados dos políticos do outro lado que ficam cozinhando o problema em banho-maria onde não deixam a lamparina apagar e nem recorrem a uma decisão definitiva. Usam Olivença como tema de marketing eleitoral para angariar votos do povo e assim permanecer no conforto palaciano: “Vote no partido X para que possamos levar o dossier de Olivença a Bruxelas”. Oras, por que ainda não o levaram? Ficam no marasmo ao invés de trabalhar e fazer juz ao dinheiro e mordomias pagas com o suor do povo portugês.



Praça de Espanha - Lisboa - Portugal
Se os políticos portuguêses realmente quiserem dar valor à “Questão Olivença”, fica sugerido uma total reforma na Praça de Espanha (Lisboa) transformada com designer chines e reinaugurando com o nome de “Praça de Macau”. Uma grande festa com banda de música, fogos de artifícios, e a presença de diplomátas chineses. E assim homenagear a quem respeita a nação e o povo português.


Agradeço pela paciência de ter lido até o final e se concordar com “OLIVENÇA É PORTUGAL”, indiquem o blog aos seus amigos ou links no Facebook e Twitter.
Obrigado a todos.


Caso não queira comentar aqui, pode ser feito através do e-mail: luis.goncalves02@bol.com.br

domingo, 11 de setembro de 2011

OLIVENÇA É PORTUGAL

Falar sobre a “Questão Olivença” para brasileiros é um pouco complicado e possivelmente passará em branco por alguns, já que o Brasil não tem envolvimento neste impasse internacional, mas servirá como alerta para a questão da “Internacionalização da Amazônia”, que será o tema principal para o mês o outubro.

OLIVENÇA  É  PORTUGAL
Olivença é considerada pelo Governo português como um território de Portugal, fazendo parte do Alentejo. Os mapas produzidos pelo mundo afora também o fazem constar como português, já que assim o consideram. Entretanto, na prática é administrado pelo Reino da Espanha, sob o comando da capital Madri fazendo parte da Comunidade Autônoma da Extremadura e sem documento algum que comprove ser um território espanhol.

                                               

A região total da área é de 430 Km quadrados, conta ainda com as vilas e aldeias de S. Francisco, S. Rafael, Vila Real, S. Domingos de Gusmão, S. Bento da Contenda, S. Jorge de Lor e N.Sra. da Assunção de Talega (Táliga). É servida de uma excelente agricultura, turismo, comércios e indústrias.

Para que se possa ter uma visão desta apoderação absurda e completamente sem sentido deve-se voltar um pouco na história:

                               
Olivença sempre fez parte de Portugal conforme o estabelecido no tratado de 1297 e assim permaneceu por vários séculos.
Em 1801, sem motivo relevante a Espanha invade e se apodera do território. Este foi denunciado em 1808, quando a capital do Reino Português era o Rio de Janeiro, na ocasião de D. João VI no Brasil. Passados sete anos, em 1815, a Espanha reconhece a soberania portuguesa e subscreve no Congresso de Viena comprometendo-se à devolução do território o mais breve e prontamente possível. Mas até os dias de hoje a Espanha ainda não cumpriu com o que se comprometeu, ignora o significado das palavras breve e prontamente, e não acata os tratados que assina.
A partir do Brasil, se passado seis anos, em 1821, Portugal ocupa a Península Cisplatina, onde é hoje a República do Uruguai, e por este motivo a Espanha serviu este fato como justificativa para interromper as conversações sobre a devolução. Novamente sem sentido, já que o Uruguai conseguiu sua independência em 1825 e o Brasil em 1822, ou seja: as terras do atual Uruguai não eram mais portuguesas e sim Brasileiras, um outro país, um outro governo. Aliás, a Espanha já estava no processo de perder todas as terras nas Américas, já que não era cumpridora de suas promessas e dizimara civilizações inteiras (Astecas, Incas e Maias), enquanto que Portugal Colonizador povoava, instalava reino, abria as portas às nações amigas e promoveu a independência.

Para piorar o seu estado de usurpador, em 1840 passou a proibir o uso da língua portuguesa no território afanado de Olivença, inclusive nas igrejas com multas, detenções, perseguições, muito sangue e discriminações aos que tentavam escapar à estratégia de destruição cultural e ainda marginalizando os que fossem renitentes a língua e cultura do ocupante.

                                         

A partir da década de 1980 a democratização e integração no espaço econômico da União Européia geraram a extinção das fronteiras. O número de espanhóis já era significativo se comparado aos descendentes portugueses e não teriam interesses econômicos para preferir a soberania portuguesa. Para tal o “Ayntamiento de Olivenza” começa uma política de aproximação e recuperado o legado patrimonial português, mas ainda sendo contornado pela Espanha o não reconhecimento geográfico. Ou seja: a Espanha sabe que o território não lhe pertence, mas continua postergando a devolução, e do outro lado o governo português finge que acredita no “comprometimento” e no “mais breve e prontamente possível”. Tanto é que Portugal assume integralmente o financiamento e construção de uma nova ponte e mais a recuperação da antiga ponte da Ajuda, no ano 2000, afirmando que Olivença é Portugal e que as pontes não tem dimensão internacional e trans-fronteiriças, como assim desejava a Espanha. Mas por estranho que possa parecer, não aparece nenhum representante do governo português na inauguração das pontes, ou seja: foi uma bela fachada para angariar votos do povo português.

                                                                                                                                                            
      
Em julho de 2010, outro gasto com o dinheiro público português: No centro histórico de Olivença, foram inauguradas placas construídas em belíssimos azulejos dizendo recuperar os nomes portugueses originais de ruas. O que é um absurdo já que os nomes destas ruas e praças ainda eram os mesmos usados até então. Ainda, foi financiado o Museu Etnográfico, a Biblioteca Municipal e ministrados cursos de português subsidiado pelo Instituto Camões na Universidade Popular. Enquanto isso, a Espanha mama estes benefícios e determina que o ensino do português nesta região seja opcional. E quase como uma afronta, as bandeiras e faixas se espalham por todas as janelas de edifícios públicos, que outrora fora construídos pelos portugueses, firmando como seu território e aparentemente sem intenções de devolvê-lo.


Pelas notícias que chegam ao Brasil, Portugal não está nadando em dinheiro e sim se afundando em dívidas. E pelo que se vê, vai continuar gastando mais sem obter o ponto final para a famosa “Questão de Olivença”.

A Espanha aproveita a situação e posterga ao máximo apresentando argumentos simplistas e aparentemente como um deboche aos políticos portugueses. Tem-se como exemplos: Olivença fica na margem esquerda do rio Guadiana. Um argumento hipócrita, pois Mérida fica do lado direito do mesmo rio e nem por isso Portugal o invadiu, ou o reclama; Olivença não tinha importância para Portugal. Uma desculpa ridícula, pois era a décima terceira cidade mais importante, basta ver o patrimônio português que lá está e era tão grande e povoada quanto Badajoz, que fica próximo. Além disso, quem determina o grau de importância é o dono do lugar e não o seu vizinho; A 700 anos atrás Olivença era da Espanha. Assina um tratado em 1297 e 500 anos depois a rainha da Espanha, mãe da rainha de Portugal se acha no direito de mandar na casa da filha. Isso não é uma mãe, é o capeta sentado num trono; Portugal não reclama com força suficiente. Quer dizer, então, que para a Espanha o direito só é válido se for imposto ao invés de esperar que se cumpram as obrigações de dever; Portugal não deveria reclamar Olivença porque agora com a União Européia não há mais fronteiras. Essa nem crianças de 10 anos aceitariam porque sabem que se trata de uma “comunidade econômica” e não “comunidade territorial”, pois cada nação vive dentro dos seus limites e administrativamente os espanhóis pagam impostos à Madri e portugueses à Lisboa.

 Outro fato que os políticos portugueses fingem não perceber na estratégia espanhola (ou armadilha) é na possibilidade de um plebiscito, um referendo popular na região. Ora, se é sabido que com o passar dos tempos com longos adiamentos na devolução e a maciça opressão espanhola, os descendentes na maioria já não se consideram mais portugueses. Afinal, aprenderam nas escolas, desde criançinhas, que a sua bandeira é vermelha e amarela.
Caso Parecido aconteceu recentemente em Gibraltar, onde a Espanha reclamava a ocupação pela Grã-Bretanha, aceitou um referendo, perdeu por 99% e ficou a ver navios... (Aliás, é uma boa piada já que em Gibraltar passa 1 navio a cada 6 minutos e os espanhóis estão “a ver navios...” ). Continuam reclamando, mas não querem brigas com a Grã-Bretanha. Traduzindo para o brasileiro clássico: “Quem tem cu apertadinho não faz trato com pica grossa”

                       
Está na hora dos políticos portugueses saírem do marasmo profundo, colocar o pau na mesa, ao invés da bunda na reta, e deixar bem claro para promoverem plebiscitos somente nas terras deles. Quanto aos políticos locais que se opuserem, saiam de Olivença e vão para a Espanha já que se consideram espanhóis.

Os políticos, que representam o povo e a nação portuguesa, não devem mais aceitar argumentações primitivas. Devem sim discutir o assunto com racionalidade, exigir a desocupação imediata e jamais pronunciar “Olivenza”(em castelhano), como um cordeirinho bajulador que sabe falar castelhano.

O vídeo abaixo, com belíssimas fotos de Olivença, consta uma música que retrata a verdadeira situação da covarde ocupação oliventina e a insana postergação espanhola.



Um dia os templários, portugueses como nós, fundaram Olivença, terra de nossos avós.
D. Dinis lhe deu foral, D. João lhe deu a torre, aqui sempre foi Portugal, e a sua história não morre.
Tem fé, ó Olivença! Ó irmã secular! Não podes cair numa descrença, verás que um dia tu vais voltar
Ó praça forte e sempre atenta, és sentinela do Guadiana!
Irá ter fim um dia a tormenta, tu és lusa, não és castelhana.
Os bravos portugueses enfrentaram os espanhóis, aliados aos franceses mais os Rochas e Godóys.
Mas ganhou a opressão que esta terra usurpou

E com ferros, sangue e bastão a nossa língua interditou.
Tem fé, ó Olivença! Ó irmã secular! Não podes cair numa descrença, verás que um dia tu vais voltar
Ó praça forte e sempre atenta, és sentinela do Guadiana!
Irá ter fim um dia a tormenta, tu és lusa, não és castelhana.

Olivença tem que ser Portugal já,
antes que o Rei de Espanha transforme
Portugal numa “Grande Olivença”.

É a história quem narra o passado,
mas também é a história quem prevê o futuro.


Que Deus ajude os portugueses a escolherem melhor os seus políticos,
antes que os políticos espanhóis escolham o seu povo.


Obrigado a todos e um grande abraço.



PS: Os comentários poderão ser postados aqui ou enviados
       para o e-mail  luis.goncalves02@bol.com.br

sábado, 3 de setembro de 2011

PORTUGALIZA – Um Grande Portugal

                A união de Portugal e Galiza (Galícia)

Há algum tempo que venho pesquisando sobre este assunto e está sendo postado devido à solicitação de alguns amigos, já que havia iniciado e prometido a postagem neste blog. Entretanto, o será de forma bem resumida e este abrange aspectos políticos de dois países: Espanha e Portugal.
A quantidade de material recolhido é enorme, envolve os interesses de um povo, mais precisamente a Galícia e o norte de Portugal, e passar a idéia do papel para um blog na internet é complexo e leva um tempo consideravelmente grande, já que se quer resumir ao máximo, envolver o lado brasileiro sem compromete-lo e principalmente evitar erros sobre este assunto polêmico.

                                                

A grande maioria dos brasileiros desconhece, mas tem o direito de conhecer, já que indiretamente tem seus traços lingüísticos e culturais vindos da Galícia. Isto se pode perceber através do nosso idioma (origem galaico-português), tradições gastronômicas, das músicas e danças. Mas os sobrenomes encontrados no Brasil são fundamentais para que se possa afirmar esta origem: Abreu, Araújo, Alvim, Amorim, Braga, Barros, Barroso, Chaves, Castro, Caldas Campos, Costa, Cunha, Feijó, Figueiredo, Fonseca, Gonçalves, Guimarães, Linhares, Lira, Mascarenhas, Magalhães, Medeiros, Mesquita, Moraes, Moreira, Montenegro, Oliveira, Prado, Pereira, Portugal, Quintanilha, Ribeiro, Souza, Sá, Sequeira, Teixeira, Veiga, Vigo... e muitas outras centenas de sobrenomes.

A Galícia é uma Nação constituída em Comunidade Autônoma Espanhola (no Brasil chamar-se-ia de Estado), com quase três milhões de habitantes num território de 29574 km quadrados e formada pelas principais cidades de Vigo, Curunha, Lugo, Ourence, Pontevedra e a capital Santiago de Compostela. De um lado está o Oceano Atlântico e o Mar Cantábrico, ao sul Portugal (Minho e Trás-os-Montes) e ao leste a Espanha (Principado das Astúrias - que também se consideram galegas junto com uma pequena parte de Castela e Leon).


Os idiomas oficiais são o galego e o castelhano (espanhol), sendo que este último foi imposto por diversas causas políticas. Alguns espanhóis afirmam que o idioma galego não tem consenso com a língua portuguesa. Afirmação esta absurda já que no acordo ortográfico de 2003 é referenciado ao português como critério utilizado ao elaborar a norma. Mais correta é a tese de que as línguas portuguesa e galega nunca se separaram sendo apenas uma variante tal como o português de Portugal e o falado português no Brasil.  

Para se ter uma idéia melhor, segue um trecho do livro “Ante a Terra e o Céu”. O primeiro trecho está escrito em português e em seguida as traduções para o galego e castelhano:
Português:
“Existe entre o galego e o português tão estreita afinidade que quanto mais o português é o português e o galego é o galego mais se vê a semelhança”
Galego:
"Existe entre o galego eo portugués tan estreita afinidade que canto máis o portugués é o portugués eo galego é o galego máis se ve a semellanza
Castelhano (espanhol):
Hay entre el gallego y el portugués tan estrecha afinidad que a medida que el portugués y el portugués y el gallego, el gallego más uno ve la semejanza

Como um fato ilustrativo e curioso para os brasileiros, abaixo tem um vídeo, gravado de um celular (telemóvel), onde o artista brasileiro Caetano Veloso, no meio de uma apresentação em Santiago de Compostela, declara estar falando em português porque o seu idioma é o galaico-português, o que é imediatamente aplaudido. E depois ironicamente traduz para um castelhano muito bem falado, o que causa gargalhada na platéia. Este gênio das artes encontrou um jeito para dar um tapa com luvas de pelica nos espanhóis que insistem em considerar o galego como um dialeto espanhol.


                                                                                          (vale apena ver)   

Depois desta, os brasileiros já podem incluir nos seus currículos profissionais: “Idiomas: inglês básico e galego fluente”.

A união de Portugal e Galícia


Para que se possa entender melhor esse desejo dos galegos se separarem da Espanha e se juntar a Portugal há de se voltar na história.

Portugal se tornou independente em 1143 o qual fazia parte integrante do reino da Galícia. Cada reino seguiu seus caminhos, sempre como duas nações amigas e irmãs gêmeas da mesma placenta, mas Portugal sempre fora o destino migratório dos galegos. Portugal continuou crescendo para o sul, até o Algarve, vieram as conquistas, as descobertas além-mar e junto grande parte dos descendentes galegos espalhando pelo mundo afora a sua cultura, onde ainda hoje é fortemente visível no Brasil. Os séculos se passaram e em 1833 o Reino da Galícia se dissolveu e a Espanha se apoderou sem motivos aparentes ou razoáveis. Até o momento vem num processo de castelhanização a nível social, cultural e lingüístico sob o comando de Madri. Mas, a Galícia não sede a este processo e se mantém como está.


Ponte entre o Minho e Galícia

                                                                                  
Santiago de Compostela
É fartamente divulgado pela internet que os galegos não se reconhecem como espanhóis e há o interesse de se unirem a Portugal geograficamente e justamente pelas questões históricas, lingüísticas, sociais e culturais. Há a candidatura na Unesco para preservar este patrimônio imaterial, que lá no fundo é um passo para, posteriormente, se tornarem parte integrante de Portugal, e para isto já o chamam de PORTUGALIZA, um grande Portugal.

Bandeiras e Mapa de Galicia e Portugal

Futuro mapa de Portugal, ou Portugaliza

Assim como a Galícia (Galiza) existem outras partes da Espanha que pretendem se separar. Como por exemplo a Catalúnia (Catalunya), capital Barcelona, que mantém o seu idioma, o catalão, firme e forte (inclusive nas Olimpíadas de Barcelona foi o idioma oficial e não o espanhol). E ainda, para cada bandeira espanhola hasteada é visível cinqüenta catalãs. A sua autonomia aumenta gradativamente ao ponto do status de uma nação dentro da Espanha. Há também o País Basco, que apesar do nome ainda não é um país, mas é o povo mais antigo da Europa. Tem como idioma oficial o euskera existente a quatro mil anos, no mesmo lugar, e brigam pela sua independência de forma violenta com o movimento nacionalista ETA, considerado terrorista pela União Européia e USA. O que não é o caso da Galícia que caminha pacificamente com racionalidade ,mas deixam suas marcas.


São milhares de pixações manifestando o desejo dos galegos


E se você é brasileiro e acredita que esta questão não vai muito longe, veja o vídeo abaixo de uma musica brasileira e preste bem atenção na letra.




Espero ter sido útil trazendo esta informação.
Caso não consiga postar o seu comentário, pode faze-lo através do e-mail: luis.goncalves02@bol.com.br 

Abraço a todos.

 Esta crônica foi postada enquanto degustava um excelente
Vinho do Porto ... ou será Vinho Galaico-Português?

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