segunda-feira, 17 de outubro de 2011

MONARQUIA - A Exceção das Américas

POR QUE ACREDITAMOS QUE A PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA VEIO PARA
DARMOS PASSOS AVANÇADOS EM DIREÇÃO DA ORDEM E DO PROGRESSO?

Os indiozinhos (curumins) aprendem com os seus pais e demais membros da tribo que existem dois deuses: o Sol (Tupã) e a Lua (Jaci). Certa vez um homem da cidade visita esta tribo para levar novos conhecimentos e assim colaborar na melhora da condição de vida do seu povo. Entretanto, ao comentar que Deus é um só e muito maior que o Sol e a Lua, todos da tribo passaram a ignorá-lo como um bem-feitor ao povo indígena. Afinal, pensam os indios, como pode alguém não acreditar e não venerar os Deuses Tupã e Jaci?

As crianças brasileiras aprendem com seus pais e com seus professores que a república no Brasil veio para dar passos avançados em direção a ordem e ao progresso. Daí veio o plebiscito de 1993 (sobre a forma e sistema de governo no Brasil) e uma propaganda monarquista dizia que antes de existir a república no Brasil, a monarquia gozava de ter a segunda maior marinha de guerra do planeta e ser um dos cinco países de primeiro mundo junto com a Inglaterra, EUA, França e Alemanha.  Afinal, como pode alguém acreditar que a proclamação da República no Brasil foi apenas um capricho daqueles que admiravam os países do exterior e nunca admiravam o seu próprio país, que sonhavam e almejavam com um regime importado e com aspirações à Revolução Francesa.

Essa parte da História deixou de ser contada nas escolas e o tempo se encarregou de esquece-las. Como pode, hoje em dia, alguém acreditar que a proclamação da República serviu de cobaia para aqueles que achavam que não poderiam ser exceção nas Américas, para aquele que ser tal qual o EUA, com uma Constituição que não condizia com a realidade.

      
A Proclamação da República foi feita pelo Marechal Deodoro da Fonseca, que era o "melhor amigo" de Dom Pedro II. A história faz crer que Deodoro estava obcecado pelo poder. Tanto é que estranhamente não havia a maioria dos civis republicanos. Estes estavam praticamente ausentes desta conspiração, pois acreditavam que a república viria de forma natural. Também não havia unidade entre militares, a Marinha quase não participou, os oficiais superiores eram contados a dedos e os destaques não exerciam posição de comando de tropa: trata-se do tenente-coronel Benjamim Constante que era apenas um professor de matemática na Escola Militar. Foram as patentes inferiores do Exercito (alferes, tenentes, capitães e alunos), ou seja: "a mocidade militar", os "tarimbeiros", junto a patente de Deodoro da Fonseca, que desencadearam sem estrutura e total falta de democracia a imposição da República. Pareciam vingativos e enraivecidos pelo fato de terem os negros como cidadãos e não mais como escravos.

Mal. Deodoro da Fonseca
Também fica muito difícil de acreditar que uma das primeiras medidas do proclamador da República, Marechal Deodoro da Fonseca, foi imediatamente aumentar o seu próprio salário para 120 contos de reis, o que era quase o dobro do que recebia D. Pedro II e toda a sua família.
                                                 
Mais difícil ainda de acreditar é que existia, na época da monarquia, a liberdade de imprensa e até era permitida a circulação de um jornal pregando a derrubada desta forma de governo, sendo este a fonte dos republicanos divulgarem suas idéias e até usando o jornal para chacotas a Dom Pedro II e ridicularizando-o como desinteresse aos assuntos administrativos.

Grande prova de uma verdadeira democracia é que não havia presos políticos, mas para a derrubada da monarquia até foi sugerido pelo Alferes Cardoso (coincidentemente avô do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso o fuzilamento de Dom Pedro II caso ele se recusasse a ir para o exílio.

O maior governante que o mundo já viu, vai para o exílio e se nega a receber uma indenização de cinco mil contos de réis, equivalente a quase 5 toneladas de ouro, que lhe foi oferecida pelos insurgentes com a seguinte declaração: “Não sei com que autoridade esses senhores dispõem dos dinheiros públicos”. (Dom Pedro II não admitia usar o dinheiro público para benefício próprio e custeava as viagens e suas festas do próprio bolso).

Dom Pedro II
Em uma monarquia o Monarca é o símbolo vivo da Nação onde não há espaço para aventureiros, para o "recebendo que se dá", para negociatas, corrupção, nepotismo e onde a ordem prevalece, um monarca é educado desde criança para reinar, e nunca se é pego de surpresas por novos governantes. E, se por acaso fosse feito a democracia, deixando o povo escolher entre Monarquia e República, a Monarquia venceria maciçamente, pois esta era a vontade do povo.

Para aqueles que não acreditam que o Brasil era uma grande potencia e foi a Proclamação da República uma vigança pela Abolição da Escravatura e que levou o país ao Terceiro Mundo, é porque realmente não conhece a História do Brasil.

Obrigado e uma boa noite.


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